sexta-feira, 2 de maio de 2008

Workshop em Betim nesse Domingo

No próximo Domingo a loja Gump Luthier e a Meteoro estarão levando meu workshop até Betim, em Minas Gerais. Vejo vocês lá!

Dia: 04/05/2008, Domingo
Cidade: Betim, MG
Local: Parque de Exposições de Betim
Horário: 14:00
Convites e informações: "Gump Luthier Instrumentos Musicais"
Rua: Santa Cruz 720, Centro - Betim/MGTel: (31) 3594-2520, c/ Ana Paula

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Almah gravando!

E aí pessoas!

Nas últimas semanas estive trabalhando bastante com o Almah, finalizando os preparativos para a gravação do disco. No dia 9 de Abril toda a banda foi para Brasília, mais uma vez na casa do Marcelo Barbosa, onde ensaiamos por 10 dias. Os ensaios aconteceram no GTR, que é uma escola de música de propriedade do próprio Marcelo. Inclusive, aproveitando a nossa estada por lá, foram organizadas aulas e Master Classes de cada um de nós na escola durante a semana.

Paulo Schroeber, Marcelo Barbosa, Edu Falaschi, Felipe Andreoli, Marcelo Moreira


Como foi a primeira vez que a banda toda tocou junta, deu pra sentir uma grande diferença nos arranjos e execução das músicas com relação à demo. Obviamente o resultado melhorou e muito! Se as músicas já eram boas, agora, modéstia à parte, estão muito foda! Os duetos de guitarra estão emocionantes, pra dizer o mínimo. Seja nas melodias ou nas frases rápidas e complexas, o Barbosa e o Paulo [Schroeber] estão matando a pau! E quem se ferra sou eu pra dobrar aquele mar de notas na velocidade da luz... Tem músicas com frases em semicolcheia em 220bpm (batidas por minuto). Pra quem não é músico e/ou não entende, digamos que é bem, bem rápido!

O foco principal, no entanto, foram as linhas de bateria, já que o Marcelo Moreira seria o primeiro a gravar. E devo dizer que fiquei muito surpreso com a criatividade e versatilidade do rapaz! Veloz, preciso, mas ao mesmo tempo musical e variado. Nós passamos cada uma das 11 músicas várias e várias vezes, mexendo nos arranjos, estruturas, andamentos, tonalidades, etc. Ao final dos ensaios as músicas já estavam bem mais amadurecidas, e cada um já tinha suas linhas muito mais definidas. O clima nos ensaios estava muito bom! Falamos muita besteira, e ao mesmo tempo estávamos concentrados no que estávamos fazendo. E foi assim o tempo todo durante esses 10 dias, ora falando sério, ora rachando o bico até cair!

Por uma feliz coincidência, estava acontecendo naquele fim de semana em Brasília uma feira de instrumentos musicais, organizada pela revista Música & Mercado. Lá estavam expondo diversas marcas, nacionais e estrangeiras, com seus representantes, músicos e lojistas. Acabamos encontrando um monte de amigos que geralmente vemos apenas uma vez por ano na Expomusic, em São Paulo. Lá estavam também Edu Ardanuy, Marcinho Eiras, Thiago do Espírito Santo e vários outros amigos. Saindo da feira, voltamos para casa para estudar as partes de guitarra e baixo das músicas.

No meio dessa confusão toda acabei sendo obrigado a fazer uma coisa que eu fiz muito pouco na minha vida: estudar as mesmas frases centenas de vezes em velocidade progressiva. Uma das coisas mais legais de tocar com músicos diferentes é que eles acabam trazendo uma linguagem diferente, uma maneira própria de tocar e encarar a música, e no processo de adaptação a esses novos estilos você acaba enriquecendo seu vocabulário e descobrindo um monte de coisas novas. Posso dizer que saí de Brasília sabendo mais do que quando cheguei.

Na sexta-feira, dia 18, nós fizemos o último ensaio antes da gravação. Nós estávamos tão empolgados com as músicas que decidimos sortear 10 fãs para assistirem a esse ensaio (como vocês podem constatar no post anterior). Nós então fomos para um estúdio maior, o Sgt. Pepper’s, e ensaiamos por algumas horas antes do pessoal chegar, pra ter certeza de que não iríamos passar vergonha...rs. Isso porque um ensaio para o disco é muito diferente de um ensaio para show. Não existe tanto o compromisso da execução perfeita, mas sim a preocupação com os arranjos e com a sonoridade da música. Mesmo assim, arriscamos! Às 19:30 os dez fãs e alguns amigos entraram no estúdio, e eles não só foram os primeiros a ouvir as músicas, mas também os primeiros a assistirem esta banda, com esta formação, tocando junta. No fim foi muito legal! Acho que tocamos bem apesar do pouco tempo de preparo, e o pessoal conseguiu ter uma idéia do que vai ser o disco do Almah. Além disso, tivemos tempo pra conversar com cada um deles, tirar fotos, contar piadas, mentiras, o que é difícil de acontecer num show ou numa sessão de autógrafos.

À noite, depois do ensaio, o Barbosa tocou com sua banda Zero10 num bar chamado Boca Negra, e todos nós fomos assisti-los. Pra variar, acabei dando uma canja, onde toquei 3 músicas. O pessoal já deve estar enjoando da minha cara...rs. Mais uma vez fica aqui registrado o meu agradecimento ao pessoal da Zero10 e principalmente ao Cid, grande baixista e grande amigo.

No dia seguinte tivemos o privilégio de assistir ao workshop do guitarrista e camarada Sydnei Carvalho, promovido pela GTR. Além de ser um super músico, ele deu uma verdadeira aula de filosofia e ética, falando bastante sobre o que é ser músico, sobre os filósofos, e fazendo várias analogias interessantes e inteligentes com a música. Depois do workshop fomos jantar um Sushi delicioso, e depois, adivinhem: canja com a Zero10!

Eu, Moreira, Adriano Daga e Edu no Estúdio Norcal

Na última segunda-feira iniciamos as gravações de bateria no estúdio Norcal, em São Paulo. Gostaria de ter muito assunto, mas o Moreira gravou tão rápido que tudo o que eu posso dizer é que ele quebrou tudo! Era possível perceber que ele estava bem preparado, com todas as linhas estudadas e na mão. Com a ajuda do técnicos Adriano Daga, que também é baterista, e Brendan Duffey, guitarrista e proprietário do Norcal, ficou ainda mais fácil! Na gravação utilizamos uma bateria Yamaha Maple Custom, cedida gentilmente pelo amigo-quase-irmão Rodrigo Silveira, com uma configuração diferente do usual. Os tons não estão em ordem crescente, o que traz uma sonoridade muito interessante nas viradas. Os pratos que utilizamos foram todos meus! rs Ride e hi-hat Paiste Signature e o resto Meinl, do kit que ganhei do Mike Terrana. No fim o som de batera ficou animal, graças ao Adriano, Brendan e ao Moreira e sua patada!


Próxima etapa: guitarras. Fiquem ligados!