quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Pé na estrada!

Admito que ando preguiçoso com meu blog, mas tenho uma desculpa esfarrapada justificativa extremamente plausível! Agora ao menos eu tenho assunto, já que o disco está praticamente lançado e o Angra está novamente em tour. Pra ser mais preciso, estou em Taiwan, no meu quarto de hotel, e agora passa da meia-noite.


Vento na cabeleira em Taiwan, Edu ao fundo (com o cabelo intacto)

Pra resumir um pouco o passado recente, nós começamos a fazer shows dia 30 de Setembro, em Praia Grande, e também tocamos em Xaxim e Francisco Beltrão. Estes shows serviram de aquecimento para um evento muito importante, o festival Loudpark, no Japão. A pressão era muito grande, pois o Angra era a segunda banda mais importante da noite, atrás apenas do Megadeth e à frente de bandas como Anthrax, Napalm Death, Arch Enemy e outras.

Chegamos no Japão dia 12 de Outubro, dia das crianças, após 30 horas de viagem (saímos dia 10). Fomos para um hotel que ficava a 5 minutos do local do show, numa cidade chamada Chiba, pertinho de Tokyo. O festival em si aconteceu no dia 14, sábado, num lugar gigantesco! Havia 3 palcos e 12 mil pessoas presentes, o que aumentou mais ainda aquela pressão-pré-show-num-festival-mega-importante. Bom, pra resumir bem, bem mesmo, tudo correu otimamente bem! As 12 mil pessoas de olhinhos puxados parecem ter ficado bem satisfeitas, assim como o staff do festival, a gravadora e a imprensa japonesa. A sensação foi de missão cumprida!

No domingo eu o Kiko visitamos o escritório da Zoom, em Tokyo. A Zoom fabrica efeitos para guitarra e baixo e também gravadores digitais multi-pistas. Nem precisa dizer que saímos de lá com uma sacola cheia de parafernalhas digitais de última geração! Depois fomos ao famoso bairro Akihabara, onde se concentram diversas lojas de eletrônicos e tudo mais que se possa imaginar. Saindo de lá demos uma passada num lugar que o Hiro (da Zoom) me disse 20 vezes o nome e eu não consegui guardar... Mas era bem legal (tsc, tsc...)! Tinha um templo e várias edificações tradicionais japonesas muito bonitas. O Kiko estava com a câmera e tirou algumas fotos, depois eu pego com ele e posto aqui.


Eu, Silveira e Edu no hotel em Taiwan


A poluição visual e o caos de Taipé

Na segunda pegamos o vôo para Taipé, Taiwan, onde agora me encontro. Nesses dois últimos dias nós andamos bastante por aqui, tem muitas lojas de eletrônicos, instrumentos e principalmente de tênis! Posso dizer que meus camaradas aqui bateram todos os recordes de consumo de calçados da galáxia! Eu mesmo aproveitei pra comprar alguma coisa, tem realmente umas lojas com um preço muito bom por aqui! Tênis que custam 750 Reais no Brasil aqui estão por 260! É mesmo muito tentador...


Rodrigo Fantoni (técnico de guitarra/baixo), Aquiles,
Edu, Silveira e eu em uma ponte qualquer


Cidade das lambretas

Amanhã vou com o Aquiles e o Rodrigo Silveira (nosso técnico de PA e meu grande amigo) na fábrica da Mapex. Depois posto umas fotos de lá também. Daqui pra frente devo utilizar este espaço com essa finalidade mesmo, de fazer uma espécie de diário da tour. Fiquem ligados!

Mudando um pouco de assunto, gostaria de deixar mais uma vez registrado que EU NÃO TENHO ORKUT! O engraçado é que até as pessoas que me conhecem adicionam estes perfis falsos! Será que eles são tão convincentes assim??? Por favor, não adicionem estes perfis, e ajudem a denunciá-los, pra que mais pessoas não se enganem em achar que estão falando comigo quando na verdade estão falando com outra pessoa.

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Agora é só aguardar!




É isso aí! Depois de muito trabalho e dedicação, mais um disco está praticamente pronto pra ir ao forno! E, devo dizer, estou surpreso com os resultados. Acho que o Angra atingiu um nível de maturidade neste disco que irá surpreender muita gente.



Quem se lembra do meu último post sobre as gravações (se não lembra basta descer um pouco nesta mesma página) provavelmente se recorda que nós estávamos prestes a iniciar os trabalhos no estúdio Via Musique, com o Thiago Bianchi, vocalista e produtor do Karma. Pois bem, depois de todo o trabalho feito, nada mais tenho a dizer senão que o cara é muito foda. Ele foi responsável pelo timbre das guitarras, baixo, percussão e backing vocals, e surpreendeu a todos nós. Como um verdadeiro produtor, extraiu de nós o nosso melhor, e muitas vezes nos fez aventurar por terrenos até então inexplorados, mostrando a nós mesmos capacidades desconhecidas enquanto artistas. Este disco jamais seria tão bom sem Thiago Bianchi!



Não poderia eu, no entanto, deixar de mencionar o produtor oficial do disco, Dennis Ward, que simplesmente deu um show de talento e organização. O som de bateria está milhões de vezes melhor do que em qualquer trabalho que nós já tenhamos feito, e todas as nuances de cada instrumento estão sendo respeitadas e ressaltadas na mixagem, que está acontecendo enquanto escrevo este texto. Como é importante contar com pessoas que contribuem com suas visões particulares sobre a música, tornando o trabalho final um fruto de uma colaboração conjunta, recheado de arte e sentimento.

As composições, seguindo uma tendência natural do Angra, estão apontando para caminhos diversos, muitos deles inéditos na história da banda. No entanto, como sempre, sua essência e origem foram plenamente respeitadas, e mais uma vez o ouvinte poderá de imediato identificar que se trata da mesma banda, porém com músicos que se preocupam em inovar sempre. Esse é um grande desafio: como fazer algo novo e não destoar do que já foi feito por nós? Sem dúvida esta pergunta é respondida quando ouço o resultado do nosso trabalho nos últimos meses.



Abordando um lado mais técnico, tive pela primeira vez a coragem e o interesse de testar vários baixos na gravação, já que anteriormente usei meus Ibanez em 99% dos discos que gravei. Levei 10 baixos para o estúdio, e testei cada um deles, contando com a opinião do Dennis e do Thiago. No final, o vencedor: meu D’Alegria Dart FA (que é meu modelo personalizado). Como iríamos gravar algumas músicas em Ré, decidi usar também meu ESP Halibut, que tem uma escala de 35 polegadas, tornando-o ideal para afinar as cordas 1 tom abaixo sem que elas ficassem moles. Nas partes de fretless, usei meu D’Alegria A-Dart FA, que é basicamente igual ao outro, porém com uma ponte em madeira e captação piezelétrica, além de ser, obviamente, fretless (sem trastes). Em uma determinada música, tive também a oportunidade de gravar pela primeira vez com meu D’Alegria Discovery, que é um baixo vertical feito para simular um contrabaixo acústico, porém com muito mais ergonomia (sua escala é de 30 polegadas) e praticidade. Foi um desafio gravar com arco, como um cello, mas o resultado final ficou muito legal, e espero tocar este instrumento também ao vivo.

Muita gente reclama que não ouve o baixo nos discos do Angra. Creio que isso já tenha melhorado no Temple of Shadows, mas agora então, todos ouvirão com detalhes as linhas de baixo. Procurei, junto com o Thiago, conseguir um timbre que me permitisse ao mesmo tempo dar peso à música e ser ouvido no meio de tantos instrumentos. Tenho a felicidade de dizer que obtivemos sucesso, e o Dennis está sendo extremamente generoso com o volume do baixo na mixagem.



Devo também registrar aqui minha surpresa e conseqüente admiração pelos meus companheiros de banda, que se superaram em suas performances neste disco. Todos foram ágeis, inovadores, seguros e precisos. Acima de tudo, foram muito criativos e devotados à música enquanto arte, fazendo deste trabalho uma excelente forma de comemorar os 15 anos que o Angra completará em Outubro, praticamente culminando com o lançamento do disco.

Agora não vejo a hora de tocar estas músicas ao vivo, e reencontrar todos os amigos que fiz ao longo dos anos, bem como conhecer novos. Após meses sem tocar ao vivo com o Angra, terei a oportunidade de fazê-lo no próximo sábado (19 de agosto), quando tocarei com o Karma (às 17hs) e com o Angra (às 00:40). Dois shows no mesmo dia, no mesmo festival, o BMU (Brasil Metal Union). Vai ser cansativo, mas sem dúvida muito legal. Vejo vocês lá, ou em outros shows em breve!

terça-feira, 20 de junho de 2006

Shows do Karma

Fala galera. Aproveito este espaço pra deixar vocês a par da agenda de shows que eu vou fazer com o Karma:

Data

Hora

Abertura

Local

Cidade






25/Jun

23:00

Temblor

Arena Metal

Osasco

01/Jul

23:00

Temblor

Volkana

São Bernardo

08/Jul

23:00


Manifesto

São Paulo

20/Jul

23:00

Temblor

Centro Cultural Vergueiro

São Paulo

12/Ago

23:00


Zeppelin

Piracicaba

19/Ago

23:00


BMU, Espaço das Américas

São Paulo

16/Set

23:00

Temblor


Ribeirão Preto


Será um grande prazer encontrá-los nesses shows!

domingo, 18 de junho de 2006

Trabalhando!


Nossa! Que espécie de blogueiro sou eu? Quase um mês e meio sem posts! Bom, sem dúvida que esse hiato tem explicação, afinal trabalhei muito nessas últimas seis semanas, e ainda tenho muito mais pela frente. Várias coisas rolaram desde o último post, por isso vou colocá-los a par de tudo.

Da última vez que escrevi, o Angra estava iniciando os ensaios de pré-produção do nosso próximo disco. Foram aproximadamente duas semanas e meia arranjando as músicas, decidindo quais iriam entrar no disco, criando e modificando o que já existia. O Kiko trouxe mais de 20 idéias de músicas, então foi bem difícil escolher entre elas, e só esse processo já nos tomou um bom tempo. O Edu também trouxe algumas idéias, e também o Rafael. Eu tinha 2 músicas para apresentar, e decidimos trabalhar em uma delas. Chegamos num número final de 10 músicas, e as ensaiamos bastante.


É muito interessante como as idéias tomam forma durante o processo. Uma música aparentemente inferior às outras pode tomar um rumo inesperado e se tornar uma das melhores. O talento individual de cada membro da banda faz a diferença, e nesse ponto o Angra é uma banda privilegiada. Certo dia tivemos que interromper o ensaio por conta do “toque de recolher” imposto pelo PCC em São Paulo, e me lembro que, com certa apreensão, demorei 3 horas num trajeto onde costumo levar 1 hora. Às 8 da noite estava em casa, são e salvo.


Nas brechas que pude encontrar nos ensaios do Angra, também ensaiei com o Karma, o que às vezes chegava a somar 10 horas de ensaio num só dia. Muita gente sempre pergunta como eu faço para não cruzar as agendas das duas bandas, e agora eu posso dizer com certeza, não é fácil. Bem, no fim viajamos para a Itália já com os arranjos básicos das músicas. No dia 3 de Junho tocamos no festival Gods Of Metal, em Milão, com a “nata” do Metal Melódico e Hard Rock mundial: Whitesnake, Def Leppard, Motörhead, Helloween, Stratovarius, Gamma Ray, Edguy e Sonata Ártica. Infelizmente não pudemos ficar para o dia seguinte (com Guns ‘n’ Roses, Alice in Chais, Korn, entre outros), pois tínhamos que viajar para a Alemanha, onde fizemos a segunda etapa da pré-produção, com o produtor Dennis Ward.


Após um a agradável viagem de trem, chegamos ao estúdio na madrugada de Domingo. A partir desse dia trabalhamos de 10 a 11 horas por dia, ouvindo as sugestões do Dennis e preparando as músicas para a gravação definitiva. Tivemos a oportunidade de assistir ao jogo Alemanha x Costa Rica, o primeiro da copa, mas apenas em um telão que foi montado no estúdio. Infelizmente não houve tempo para assistir nenhum jogo ao vivo. Depois da grande vitória da Alemanha, houve um churrasco de comemoração, com direito a partidas de pebolim. Terminado o processo, voltamos ao Brasil, e deixamos o Aquiles gravando as baterias, que ele terminou em 4 ou 5 dias. Logo de chegada já retomei os ensaios com o Karma, que teria um show em 5 dias, mas durante o dia até que encontrei tempo pra descansar um pouco e matar a saudade da noiva e da família, depois de 12 dias longe.


Nessa última sexta-feira, dia 16 de Junho de 2006, fiz o primeiro show com o Karma depois de 6 anos, em Sorocaba, interior do estado de São Paulo. Foi uma experiência fantástica tocar com esses caras de novo. Rolou uma energia muito especial, havia muito tempo que não me sentia tão envolvido num show, e isso me fez perceber como eu gosto de tocar com essa banda. Se tiverem a chance, assistam a um show do Karma, e verão 5 caras dando seu máximo, realmente felizes de estarem compartilhando a música juntos, e fazendo arte como um conjunto muito unido, de amigos mesmo. Ao fim do show, todos estávamos muito satisfeitos com a nossa volta. Antes de nós tocou o Temblor, que é uma banda muito boa. Eles fazem uma mistura de metal com música latina, e cantam em Inglês e Espanhol. Mostraram uma energia muito legal ao vivo.

Neste momento estamos iniciando as gravações de guitarra e baixo do Angra, no estúdio Via Musique, em São Paulo. Esse estúdio é de propriedade do Thiago, vocalista do Karma, em sociedade com o Amaury, que é vocalista do Temblor e com o Júnior, que é um guitarrista muito suingueiro e um grande pesquisador de timbres. Ou seja, tudo está em casa. O Thiago vem se mostrando um produtor do mais alto gabarito, e esse trabalho com o Angra, como assistente do Dennis, vai ser seu passaporte definitivo para o reconhecimento que ele merece. Ele será o responsável pelo timbre de guitarra e baixo do disco, uma responsabilidade enorme, e eu confio muito nele.


Bem, agora é continuar o trabalho pra ter assunto pro próximo post. A vitória do Brasil agora a pouco sobre a Austrália por 2 a 0 já deu até um ânimo pra começar amanhã.

sábado, 6 de maio de 2006

Vote no Karma!

Olá todo mundo! Peço a ajuda de vocês, votando no Karma para fazer parte do cast do Brasil Metal Union 2006. Esse é um evento bem legal, do qual venho participando nos últimos anos, e seria muito legal ter a oportunidade de mostrar o trabalho do Karma lá. Se você concorda, clique no banner aí embaixo e dê seu voto! Nós agradecemos de coração!





Se você ainda não conhece o trabalho do Karma, acesse o site Myspace, onde a banda tem uma página: www.myspace.com/karmabrazil. Lá tem 2 músicas para ouvir, e devo colocar mais 2 em breve.

Eu também tenho minha página neste site: www.myspace.com/andreolibass. Lá tem uma música minha que muitos já conhecem, a Cactuz, e uma outra inédita chamada Liquid Letter.

Desde já agradeço a atenção!

quinta-feira, 4 de maio de 2006

Valeu!

Gostaria de iniciar esse post agradecendo a todos que comentaram os textos. Para minha surpresa, todos os comentários foram extremamente positivos e favoráveis, o que me deixa muitíssimo satisfeito, e me dá ainda mais ânimo para continuar a escrever. Não que comentários contrários às minhas opiniões também não sejam bem-vindos, mas é sempre bom ter a concordância da maioria.

No entanto, a intenção principal deste post é agradecer todos aqueles que, desde o início da minha carreira, e em todos os projetos e bandas em que participei, sempre estiveram lá, pra apoiar e dar força. São pessoas que têm uma importância muito grande na minha vida, muito embora, até então, muitas delas não saibam disso. Seja com uma cartinha, com uma palavra gentil, com um elogio, um email, um incentivo, até aqueles que vão mais longe e fazem blogs, sites, fanzines, moderam os fóruns e chats, distribuem panfletos, divulgam as atividades das bandas, e por vezes acabam até trabalhando oficialmente com a gente (como o webmaster do Angra, Geoff Martin, por exemplo), são pessoas que, com pequenos e grandes gestos, fazem a diferença.

Infelizmente, é difícil para mim, uma pessoa ocupada, retribuir à altura o carinho de cada uma dessas pessoas. Às vezes penso até que estou em falta com meus fãs, e o que poderia fazer por eles. Este blog é uma tentativa nesse sentido. Penso que, dividindo meus pensamentos com todos, estou me aproximando de certa forma, quebrando um pouco aquela “barreira” que separa fãs e artistas. Mas isso não é o bastante, então resolvi homenagear pelo menos aqueles com os quais tenho tido mais contato, não querendo, no entanto, injustiçar os que não forem citados. A homenagem é bem simples, vou citar aqui os links de sites e blogs dedicados a mim ou às minhas bandas, pelo menos os que eu conheço. Não vou citar as comunidades do Orkut porque, além de serem muitas, podem facilmente ser buscadas pelo próprio site.

www.fotolog.net/felipeandreoli: Este Fotolog foi feito pelo Antônio, com quem eu já cheguei a trocar alguns emails. Ele escreve posts sempre bem divertidos, com uma linguagem bem própria, dando um resumo das minhas últimas atividades, e finaliza com uma frase tipo “Até! Equipe do flog em homenagem ao cara que...”. Valeu Antônio!

www.flogao.com.br/felipeandreoli: Não conheço o dono, mas sempre tem fotos legais que às vezes nem eu conhecia. Valeu!

www.standaway.weblogger.terra.com.br: Um blog que, de tão atualizado, já chegou a dar diversas notícias antes mesmo do site oficial do Angra! Eu mesmo já cheguei a ser colaborador do site, mas parei de acompanhar há algum tempo. Valeu!

www.flogao.com.br/angra: Flogão feito pelo Delano, de Natal, um grande fã do Angra e incentivador do nosso trabalho. Já tive a oportunidade de conversar com ele num workshop em Natal, e é uma pessoa inteligente e sensata, coisa rara hoje em dia. Valeu!

felipeandreoli.brasilflog.com.br: Mais um blog de fotos, feito pela Paty, que costumava freqüentar meu fórum, mas anda meio sumida de lá. Nós nos encontramos no camarim do Bar Opinião, em Porto Alegre. Vale a pena ler o relato dela deta ocasião. Valeu!

felipeandreoli.zip.net: Um blog muito legal escrito por Gracielle, Jorge e Taís. Também já nos encontramos em algum camarim da vida (eu sei que foi no Nordeste, mas minha memória é horrível! Desculpem!). Parece-me que eles estão planejando uma reformulação do blog, vamos ver! Valeu!

felipeandreoli.free.fr: Este é o meu site oficial em Francês, feito pelo Steven Le Bras. Nós nos conhecemos na última passagem do Angra pela França, quando então ele se dispôs a fazer este site. Não tenho palavras para descrever minha gratidão! Aliás, merci beaucoup!

www.karma.com.br: Feito pelo Daniel Velehov, que eu ainda não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente. Site muitíssimo completo e bem feito! Valeu!

Esses são apenas alguns exemplos de pessoas que dedicam seu tempo a falar sobre nós. Há também muitas outras, como a Fay C., e a Dani, que são moderadoras do meu fórum, todos os colaboradores do fórum do Angra, e todos aqueles que já dedicaram um segundo sequer de suas vidas escrevendo ou falando algo positivo sobre mim, ou sobre os projetos que participo, sem contar as pessoas que comparecem aos shows e workshops, têm fã-clubes, e todo tipo de manifestação possível. Muito obrigado mesmo! E àqueles que não foram citados, peço, por favor, que deixem o endereço de seu blog nos comentários. E desculpem se cometi alguma injustiça! Minha memória não me ajuda muito. :-/

Aproveitando o post, gostaria de fazer mais alguns agradecimentos e um esclarecimento:

- Caro Vittor, que esteve neste último show do Angra no Playcenter. Fico feliz que tenha se comovido com o meu gesto, mas devo decepcioná-lo: eu não mandei beijo pra você! Acontece que, se você reparar bem, havia um senhor baixinho e careca bem na sua frente. Este senhor era o Toninho, empresário do Angra, que está se recuperando de um grave problema de saúde que teve recentemente. Aquele beijo, bem como o gesto para sorrir, eu fiz pra ele, “tirando uma” da cara dele, porque ele estava muito sério e concentrado, numa tentativa de animá-lo. Eu ainda prefiro mandar beijo mesmo é pra minha noiva. ;-)

- Gostaria de agradecer ao Alexandre e toda a sua equipe pela breve, porém ótima estadia em Salvador. A próxima é com o Karma!

- Essa é pro Joel Moncorvo, um baixista extraordinário de Salvador, e um grande incentivador do instrumento no Brasil. Passamos boas horas conversando sobre música e outros assuntos, e ele é uma grande pessoa. Valeu Joel!

- Tive a oportunidade de almoçar com o pessoal do fã-clube Angels and Demons, também de Salvador, e tivemos uma conversa ótima. Obrigado a todos vocês!

quinta-feira, 20 de abril de 2006

O que não aprendemos na escola.

O texo abaixo, escrito às 4 da manhã, certamente renderia uma nota 5 em redação. Mesmo assim, espero que ofereça alguma ajuda.

“Fazer parte de uma banda internacionalmente conhecida me fez entrar num mundo que, até então, eu desconhecia. Quando a gente tem uma banda, acredita nela, luta por ela, muitas vezes não sabe o que se passa por trás dos palcos, ou da produção de um disco, ou o quão trabalhoso é manter uma banda de sucesso funcionando. Era assim com o Karma. Nós éramos, em 2000, uma banda com um disco (Inside the Eyes) lançado por uma gravadora pequena, com pouca verba, mas com excelentes músicos e muita vontade de acontecer. É claro, isso não era o bastante.

Como muita gente já sabe, no início de 2001 fui chamado para entrar no Angra. Na época, o lado sonhador prevalecia sobre o lado profissional, e a possibilidade de que o Angra atrapalhasse o Karma me fez refletir muito, já que eu era fã da minha própria banda. No entanto, é claro que eu aceitei o convite, o que foi uma decisão mais do que acertada. Na primeira reunião que tive com a banda, já então completa novamente após a separação de 1999, a quantidade de informações que tive de absorver foi tão grande que mal conseguia lembrar a essência dos assuntos discutidos. Então me dei conta que, apesar de tocar baixo havia 8 anos, eu não sabia nada sobre o mercado musical.

Hoje em dia, depois de alguma água passada embaixo da ponte, eu considero que aprendi um pouco, uma parte ínfima do universo complexo de gravadoras, editoras, distribuidoras, empresários, viagens, licenças, contratos, porcentagens, direitos, taxas e impostos inerentes à vida de músico. A cada dia que passa eu aprendo alguma coisa nova. E, por mais que meus colegas mais experientes de banda tenham tido muita paciência pra me explicar o máximo que conseguiram, muitas coisas ainda ficaram incertas em minha cabeça. O que aprendi, de fato, foi na raça, errando e acertando (mais errando que acertando).

A lição mais importante que eu tirei de tudo isso é que não basta ser o melhor baixista do mundo se você não sabe gerir sua carreira. Por isso, em minhas aulas e workshops, procuro dedicar um tempo conversando com os alunos, pra que eles possam ir se preparando para o mercado, e se libertando dos mitos que rondam a profissão de músico. A minha dica inicial seria “leia o jornal” (que hoje em dia pode facilmente ser feito gratuitamente no computador se você acesso à internet), informe-se sobre os acontecimentos à sua volta. Aprenda a calcular juros e porcentagens, familiarize-se com planilhas de custos e receitas, aprenda a aplicar seu dinheiro, organize sua vida financeira (mesmo que você nem tenha renda fixa ainda), e você estará mais preparado para enfrentar o mercado do que eu estava em 2001.

Tudo isso parece muito frio e calculista por estarmos falando de uma arte tão intuitiva e bela como a música, mas infelizmente é necessário. Quanto mais profissional você se mostrar mesmo nas situações mais simples, mais chances terá de liderar em vez de ser liderado, e menos riscos correrá de ser passado para trás. Nunca assine um contrato sem antes levá-lo a um advogado competente, preferencialmente especialista no assunto. Nunca!!! Faça registros de quaisquer receitas ou gastos que tiver com sua banda, desde o xérox da capinha da demo até o correio pra enviar um CD. Mais tarde, isso fará uma enorme diferença, acredite.

Outro aspecto de suma importância numa banda é a comunicação. Onde a comunicação é falha, problemas surgirão. A clareza de idéias e ações deve ser a tônica das relações de uma banda. Nada como a franqueza para resolver as situações antes que elas se tornem insolúveis. Se você não gosta de alguma coisa, fale. De outro lado, saiba escutar o que os outros têm a dizer. Não tente ganhar as disputas internas no “grito”, procure o dialogo franco e aberto. Como reza a velha máxima, “uma banda é como uma família”. Se tudo der certo, você vai acabar vendo seus companheiros de banda muito mais do que sua própria família, namorada(o), amigos, etc. Qualquer semente de discórdia não resolvida hoje virá à tona no futuro, isso é certo como 2+2=4.

Hoje, estou aplicando todos os conceitos que aprendi ao longos desses 5 anos no Karma, a banda que deixei em 2001, e da qual agora faço parte novamente. Sinto-me muito mais maduro e capaz de liderar uma banda, e isso está começando a gerar frutos. Estou de volta à situação em que me encontrava antes entrar para o Angra, mas as minhas perspectivas são muito maiores, e um dos fatores de maior importância nesse sentido é saber conviver com as pessoas. As amizades e contatos que eu fiz com o Angra são os mesmos que estão ajudando o Karma agora. Ser uma pessoa agradável é o maior trunfo que você pode ter na mãos, pois nunca faltarão pessoas para te ajudar.

Em resumo, não se iluda. Não largue o emprego ou a faculdade se as coisas ainda não estão de fato acontecendo. Não acredite em nenhuma promessa de nenhum tipo até ver os resultados concretos aparecerem. Não dê dinheiro a ninguém que não conheça. Não é porque alguém se diz empregado da Sony, e que vai te lançar mundialmente, que você vai largar tudo. Existem muitas pessoas mal-intencionadas por aí. Seja desconfiado, sem ser chato. Já cansei de ver amigos meus largarem tudo por uma promessa vazia, e depois terem de vender seus próprios instrumentos pra cobrir os prejuízos e o calote que tomaram. Eu vejo isso todos os dias. E ao mesmo tempo, não me sinto no direito de acabar com os sonhos das pessoas, porque eu sei como é sonhar. Ao mesmo tempo, agarre todas as oportunidades, e dê sempre o seu melhor. Um dia você poderá descobrir que ser músico não se limita a ter uma banda com músicas próprias, e que existem inúmeras alternativas. Seja o melhor que puder, seja versátil, seja profissional, tenha sua mente aberta e você terá muito a oferecer para o mercado.”

sexta-feira, 14 de abril de 2006

Música: a eterna competição.

Uma das coisas mais abstratas e subjetivas, em minha opinião, é o talento musical. Ele pode se manifestar de inúmeras formas em pessoas diferentes, e o que é bom pra alguns é ruim pra outros. Afora os músicos claramente pouco talentosos, definir quem é o melhor vai depender única e exclusivamente do gosto pessoal de quem julga. Ninguém pode lhe dizer que você deve gostar mais de Fulano ou Beltrano simplesmente porque eles são músicos melhores. Mas, opinião é opinião, e fato é fato.

Numa comparação entre dois músicos, inexiste a necessidade de definir quem é melhor. No entanto, algumas vezes a superioridade de um é muito evidente, ou ainda, as limitações do outro são claras. Para que possamos exercer este julgamento, que diz mais respeito aos aspectos técnicos do que ao gosto pessoal, é necessário dispor de algum conhecimento, seja ele formal ou a simples convivência com a música e os músicos. Eu, por exemplo, já presenciei muitas pessoas que não são musicistas exporem uma visão muito mais lúcida do que algumas que são.

Por que essa reflexão? Simples: como um músico que trabalha bastante, lança discos, faz muitos shows, aparece bastante – coisas, aliás, pelas quais me sinto muito afortunado -, estou sempre sendo comparado com outros músicos, e até mesmo tendo meu desempenho avaliado pelas pessoas. Acho isso extremamente saudável, e procuro extrair o melhor de cada crítica, pois acredito que a evolução de um músico é crescente a partir do momento em que ele tem consciência de que não é perfeito.

Existem, entretanto, algumas coisas que me deixam um pouco chateado. Especialmente na internet, o eterno celeiro da mentira, da discórdia e das pessoas sem rosto, as pessoas simplesmente falam o que querem. Até aí, podemos entender esse fenômeno como o paraíso da liberdade de expressão, mas algumas pessoas se utilizam destes espaços para desferir os comentários mais absurdos, e falar todo o tipo de supostas verdades imagináveis, ou mesmo inimagináveis.

Ultimamente tenho acompanhado acaloradas discussões sobre mim em minha comunidade no orkut, onde as pessoas questionam se eu seria o melhor baixista do Brasil, do mundo, sei lá de onde. Eu acho que, se eu for o melhor baixista lá de casa, já estou no lucro. Eu nunca entrei no mercado pra ser o melhor do mundo, mas sim pra ser o melhor que eu puder. Diferentes pessoas têm diferentes limites, e eu acho que ainda não cheguei ao meu limite, mas tenho certeza de que existem muitos baixistas, famosos ou não, que tocam melhor do que eu.

Até aí, tudo bem, sem novidades. Acontece que algumas pessoas, com base em não sei que fatos, pensam que eu me acho o melhor, ou que eu quero ser o melhor. Ei! Eu nunca disse isso! Onde foi que vocês me viram dizendo isso??? Aí o resultado é um monte de gente dizendo que eu me acho a última bolacha do pacote, o rei da cocada preta, e que na verdade não toco nada. Se você acha que eu não toco nada, estou interessado em saber sua opinião sobre como eu poderia melhorar. Se você acha isso, mas não sabe como eu posso melhorar, então sua opinião não tem qualquer base, e é movida por outros motivos que eu desconheço. Então, sua opinião não me interessa nem um pouco.

Eu posso perfeitamente entender que uma pessoa goste mais de um músico menos técnico, isso acontece comigo também. Mas isso é opinião pessoal, não é verdade absoluta. Não existem ferramentas ou métodos pra medir a qualidade de um músico, e a velocidade que ele alcança nada diz sobre o quão bom ele é. Eu gostaria muito que as pessoas parassem pra pensar antes de sair escrevendo um monte de asneiras por aí. Talvez alguns achem até que isso que estou escrevendo é asneira, mas se isso serviu pra fazer você pensar um pouco, já estou feliz.

Pra constar, vou citar os baixistas que eu considero os melhores da atualidade:

- Victor Wooten
- Michael Manring
- Alain Caron
- Richard Bona
- Billy Sheehan
- Marcus Miller
- Arthur Maia
- Sizão Machado
- Thiago do Espírito Santo
- Sandro Haick
- Brian Bromberg

- Jaco Pastorius

É claro que existem muitos outros, mas os que me vieram à cabeça no momento foram estes. Resumindo, se você me acha o melhor baixista do Brasil, quiçá do mundo, fico realmente grato, isso significa muito pra mim! Se você não acha, saiba que eu concordo! Vou procurar sempre evoluir, disso todos podem ter certeza. Tenho vontade de lançar um trabalho solo onde eu possa explorar melhor o baixo, que é um instrumento que oferece tantas possibilidades. E aqueles que querem realmente saber o quanto eu toco, eu convido para fazer uma aula comigo no Conservatório Souza Lima ou no Estúdio Eko, informações no meu site, www.felipeandreoli.com. Ou ainda, compareça a um workshop, e se tiver a chance, venha conversar comigo e expor suas idéias sobre como eu posso me tornar um baixista melhor. Eu ficaria extremamente grato!

Por quê um Blog?

Resolvi fazer este Blog com o intuito de postar umas coisas que às vezes tenho vontade de escrever, mas acabo não o fazendo por não ter aonde publicar. Agora tenho! Sintam-se à vontade para comentar, aliás, por favor, comentem! E deleitem-se com meu primeiro post :-)